Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 2: Capítulo 2

Página 3

Este João da Laje era homem de princípios menos maus, assentados em religião e pátria; havia matado dois franceses doentes nas ambulâncias retardadas, e acreditava que o fantasma era a alma do capitão-mor e não a égua branca do vigário.

O rapazinho deitou a correr, e lá foi, a caminho da serra. Tendo de optar entre os malefícios da alma penada e a biqueira do tamanco do amo, preferia encontrar o defunto capitão-mor. Ainda assim, ia rezando alto quanto sabia da cartilha: os Pecados Mortais, as Obras de misericórdia, os Sacramentos da Santa Madre Igreja, tudo. À saída da aldeia, recuou estarrecido. Vira um fantasma branco a destacar das trevas, e agachado na raiz de um castanheiro.

– Ó Zé da Mónica, és tu? – perguntou o suspeito fantasma.

– Sou eu, tia Brites – respondeu o rapaz suspirando ofegante. – Credo! Que medo você me fez!

– Tu onde vás a esta hora?!

– Vou à cata de uma cabra. Você viu-a?

– Eu não. Olha lá, a tua ama Zefa também anda à procura da cabra?

– Àgora! A senhora Zefinha está doente há mais de mês e meio na cama.

– Isso sei eu; mas havia de jurar que a vi saltar agora o portelo da cortinha do rio! Se não era a Zefa era o demo por ela!

<< Página Anterior

pág. 3 (Capítulo 2)

Página Seguinte >>

Capa do livro Maria Moisés
Páginas: 86
Página atual: 3

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 42