..
- Moina, saia; saiam todos! - gritou a senhora d’Aiglemont, cobrindo a voz de Helena com a sua. - Por piedade, minha filha - tornou ela -, não renovemos neste momento as triste lutas...
- Me calarei - retrucou Helena, fazendo um es forço sobrenatural. - Sou mãe, sei que Moina não deve... Onde está meu filho?
Moina voltou, impelida pela curiosidade.
- Minha mãe - disse aquela criança cheia de mi mos -, o médico...
- Tudo é inútil - volveu Helena. - Ah!, por que não morri aos dezesseis anos, quando queria matar- me! A felicidade nunca se acha fora das leis!... Moina... Você...
Morreu inclinando a cabeça para o filho, que apertava a si convulsivamente.
- Sua irmã queria, sem dúvida, dizer-lhe, Moina - informou a senhora d’Aiglemont, quando voltou para seu quarto, onde rompeu em sentido pranto -, que a felicidade nunca se encontra, para uma jovem, numa vida romanesca, fora das idéias recebidas e, principalmente, longe de sua mãe.