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Capítulo 1: I

Página 1
I

Era uma vez, em tempos que já lá vão, uma vaquinha mumu que vinha pela estrada fora, e essa vaquinha mumu que vinha pela estrada fora encontrou um rapazinho muito bonitinho chamado bebezinho...

O pai costumava contar-lhe aquela história: o pai usava um vidro no olho: tinha o rosto coberto de barba.

O bebezinho era ele. A vaquinha vinha pela estrada onde vivia a Betty Byrne, que vendia doces de limão.

Oh, a roseira brava floresce
No meio da pracinha verde.

Costumava cantar esta canção. Era a sua canção.

Oh, a rogeira bava floreche.

Quando se faz chichi na cama, a princípio fica quente, mas depois arrefece. A mãe punha-lhe um resguardo. Tinha um cheiro esquisito.

A mãe tinha um cheiro mais agradável do que o do pai. Tocava ao piano uma jiga de marinheiros, para ele dançar. E ele dançava:

Tralalá lalá
Tralalá tralaló
Tralalá lalá
Tralalá lalá.

O tio Charles e a Dante batiam palmas. Eram mais velhos do que os seus pais, mas o tio Charles era ainda mais velho do que a Dante.

A Dante tinha duas escovas em cima do toucador. A escova que tinha as costas de veludo preto-acastanhado era para o Michael Davitt e a escova que tinha as costas de veludo verde era para o Parnell. A Dante dava-lhe uma pastilha de mentol de cada vez que ele lhe levava um pedaço de papel de seda.

Os Vance viviam no número sete. O pai e a mãe deles eram outros. Eram o pai e a mãe da Eileen. Quando crescesse, havia de casar-se com a Eileen. Escondeu-se debaixo da mesa. A mãe disse: - Oh, Stephen, peça desculpa.

A Dante disse:

- Se não pedir, as águias vêm arrancar-lhe os olhos.

Arrancam-lhe os olhos,
Peça desculpa,

Peça desculpa,
Arrancam-lhe os olhos.

<< Sinopse

pág. 1 (Capítulo 1)

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Capa do livro Retrato do Artista Quando Jovem
Páginas: 273
Página atual: 1

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I 1
II 57
III 103
IV 156
V 186