Parecia igualmente indiferente ao acontecimento da cafeteira que tinha tombado e estava a derramar um fio sinuoso de café no tapete.
- Mãe, mãe - murmurou Gregório, erguendo a vista para ela.
Nessa altura, o chefe de escritório estava já completamente tresloucado; Gregório, não resistiu ao ver o café a correr, cerrou as mandíbulas com um estalo.
Isto fez com que a mãe gritasse outra vez, afastando-se precipitadamente da mesa e atirando-se para os braços do pai, que se apressou a acolhê-la. Mas agora Gregório não tinha tempo a perder com os pais. O chefe de escritório nas escadas; com o queixo apoiado no corrimão, dava uma última olhadela para trás de si. Gregório deu um salto, para ter melhor a certeza de ultrapassá-lo; o chefe de escritório devia ter-lhe adivinhado as intenções, pois, de um salto, venceu vários degraus e desapareceu, sempre aos gritos, que ressoavam pelas escadas.
Infelizmente a fuga do chefe de escritório pareceu pôr o pai de Gregório completamente fora de si, embora até então se tivesse mantido relativamente calmo.