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Capítulo 1: Capítulo 1

Página 7
Por vários dias não recebi resposta, mas afinal chegou-me às mãos um bilhetinho, dizendo-me que estaria ela em casa no domingo, às quatro e com este extraordinário pós-escrito: «Por obséquio não torne a escrever para mim aqui; explicar-lhe-ei, quando o vir». No domingo, recebeu-me e mostrou-se perfeitamente encantadora. Mas quando me despedia, pediu-me que, se alguma vez tivesse ocasião de escrever-lhe de novo, dirigisse a minha carta para «Sra. Knox, aos cuidados da Biblioteca Whittaker, Rua Verde». «Há motivos - disse ela - pelos quais não posso receber cartas em minha própria casa».

Durante toda a temporada via-a amiudadas vezes e a atmosfera de mistério sempre se manteve em torno dela. Às vezes pensava que se achava ela em poder de algum homem, mas parecia tão inabordável que não podia acreditar naquilo. Era realmente difícil para eu chegar a qualquer conclusão, pois ela era como um desses estranhos cristais que a gente vê em museus e que são, num momento, claros, e em outro, turvos. Por fim, decidi-me a pedi-la em casamento.

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Capa do livro A Esfinge sem Segredo
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