Florbela Espanca (1894-1930) foi uma poetisa portuguesa cuja obra está carregada de erotismo e feminilidade.
Florbela Espanca foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o ensino secundário. Utilizadora assídua da Biblioteca Pública de Évora, leu obras de Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Almeida Garret, etc.
Em 1913 casa-se em Évora com Alberto de Jesus Silva Moutinho, um colega de escola. Em 1917 matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em 1919 publica a sua primeira obra, «Livro de Mágoas», um livro de sonetos. A pequena tiragem de duzentos exemplares esgota rapidamente.
Em 1920, embora ainda fosse casada, passa a viver com o amante António José Marques Guimarães, alferes da Guarda Nacional Republicana. Desiste do curso de Direito e casa finalmente com António Guimarães. Em 1922 publica o seu sonteo «Prince Charmant...» e em 1923 a segunda colectânea de sonetos «Livro de Sóror Saudade», edição paga pelo pai. Para sobreviver, Florbela passa a dar aulas particulares de Português.
Em 1925 divorcia-se novamente, pois tinha já uma relação com o médico Mário Pereira Lage. Casou nesse mesmo ano e passou a viver em Matosinhos.
Em 1927 o irmão da escritora morre num acidente enquanto pilotava um avião. A sua morte foi muito marcante agravando a sua doença mental que tinha começado a manifestar-se. Florbela tentou o suicídio por diversas vezes. No dia oito de dezembro de 1930, no seu trigésimo sexto aniversário, finalmente consegue terminar a sua existência recorrendo a uma dose excessiva de barbitúricos.