TELMO
- Não, não tenho!
MADALENA
- Pois tens: melhor! E és tu o que andas continuamente e quase por acinte a sustentar essa quimera, a levantar esse fantasma, cuja sombra, a mais remota, bastaria para inodoar a pureza daquela inocente, para condenar a eterna desonra a mãe e a filha!… (Telmo dá sinais de grande agitação). Ora dize: já pensaste bem no mal que estás fazendo? Eu bem sei que a ninguém neste mundo, senão a mim, falas em tais cousas… falas assim como hoje temos falado… mas as tuas palavras misteriosas, as tuas alusões frequentes a esse desgraçado rei D. Sebastião, que o seu mais desgraçado povo ainda não quis acreditar que morresse, por