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Capítulo 1: CANTO PRIMEIRO

Página 2
inconsolável,

E até ao triste ao infeliz proscrito

- Dos entes o misérrimo na terra -

Ao regaço da pátria em sonhos levas,

- Sonhos que são mais doces do que amargo,

Cruel é o despertar! - Celeste númen,

Se já teus dons cantei e os teus rigores

Em sentidas endechas, se piedoso

Em teus altares húmidos de pranto

Depus o coração que inda arquejava

Quando o arranquei do peito malsofrido

À foz do Tejo - ao Tejo, ó deusa, ao Tejo

Me leva o pensamento que esvoaça

Tímido e acovardado entre os olmedos

Que as pobres águas deste Sena regam,

Do outrora ovante Sena. Vem, no carro

Que pardas rolas gemedoras tiram,

A alma buscar-me que por ti suspira.

II

Vem; não receies a acintosa mofa

Desta volúvel, leviana gente:

Não te conhecem eles. - Eia, vamos!

Deixa o caminho da infeliz Pirene:

Tais mágoas, como aí vão, poupa a meus olhos;

Assaz tenho das minhas.

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pág. 2 (Capítulo 1)

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Capa do livro Camões
Páginas: 177
Página atual: 2

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CANTO PRIMEIRO 1
CANTO SEGUNDO 28
CANTO TERCEIRO 42
CANTO QUARTO 65
CANTO QUINTO 86
CANTO SEXTO 99
CANTO SÉTIMO 111
CANTO OITAVO 131
CANTO NONO 146
CANTO DÉCIMO 161