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Capítulo 12: Capítulo XI

Página 28
Capítulo XI

PERFUME DA ROSA

Quem bebe, rosa, o perfume

Que de teu seio respira?

Um anjo, um silfo? Ou que nume

Com esse aroma delira?

Qual é o deus que, namorado,

De seu trono te ajoelha,

E esse néctar encantado

Bebe oculto, humilde abelha?

- Ninguém? - Mentiste: essa frente

Em languidez inclinada,

Quem ta pôs assim pendente?

Dize, rosa namorada.

E a cor de púrpura viva

Como assim te desmaiou?

E essa palidez lasciva

Nas folhas quem ta pintou?

Os espinhos que tão duros

Tinhas na rama lustrosa,

Com que magos esconjuros

Tos desarmaram, ó rosa?

E porque, na hástia sentida

Tremes tanto ao pôr-do-Sol?

Porque escutas tão rendida

O canto do rouxinol?

Que eu não ouvi um suspiro

Sussurrar-te na folhagem?

Nas águas deste retiro

Não espreitei a tua imagem?

Não a vi aflita, ansiado.

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pág. 28 (Capítulo 12)

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Capa do livro Folhas Caídas
Páginas: 80
Página atual: 28

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Advertência 1
Livro Primeiro - Capítulo I 6
Capítulo II 8
Capítulo III 12
Capítulo IV 13
Capítulo V 19
Capítulo VI 21
Capítulo VII 23
Capítulo VIII 25
Capítulo IX 26
Capítulo X 27
Capítulo XI 28
Capítulo XII 30
Capítulo XIII 31
Capítulo XIV 33
Capítulo XV 34
Capítulo XVI 35
Capítulo XVII 37
Capítulo XVIII 38
Capítulo XIX 39
Capítulo XX 42
Capítulo XXI 44
Capítulo XXII 45
Capítulo XXIII 47
Capítulo XXIV 48
Capítulo XXV 50
Livro Segundo - Capítulo I 51
Capítulo II 52
Capítulo III 53
Capítulo IV 54
Capítulo V 55
Capítulo VI 57
Capítulo VII 59
Capítulo VIII 60
Capítulo IX 61
Capítulo X 62
Capítulo XI 63
Capítulo XII 64
Capítulo XIII 66
Capítulo XIV 69
Capítulo XV 71
Capítulo XVI 73
Capítulo XVII 74
Capítulo XVIII 80