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Capítulo 1: Duas Palavras (Prefácio do Autor)

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Duas Palavras (Prefácio do Autor)
Se me perguntarem porque publico estes versos, marcos poéticos tão distanciados já no caminho da vida real, e cujo merecimento moral (salvo a moralidade íntima da intenção, a sinceridade no sentimento) é talvez ainda inferior ao merecimento literário - responderei: porque não me envergonho de ter sido moço.

 

Ter sido moço é ter sido ignorante, mas inocente.

 

A luz intensa e salutarmente cruel da realidade dissipa mais tarde as névoas doiradas da fantasiadora ignorância juvenil. Mas a inocência, a inteireza daquele indomato amore com que abraçámos as quimeras falazes dum coração enlouquecido pelo muito desejar, essa inocência é a justificação sagrada daquelas ilusões, o que as torna respeitáveis, o que nos impede, quando de longe em longe as avistamos do horizonte esmaecido do passado, de as encararmos com o sorriso gelado do desdém: é a sua legitimidade.

 

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pág. 1 (Capítulo 1)

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Capa do livro Primaveras Românticas
Páginas: 118
Página atual: 1

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Duas Palavras (Prefácio do Autor) 1
Beatrice 5
Pepa 20
Idílio Sonhado 38
Maria 45
Poesias Diversas 75