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Capítulo 15: CAPÍTULO XIV

Página 132
O regedor disse que não - que nunca tinha feito mal a ninguém, nem sequer prendera um refratário: que o mais que podiam fazer era tirar-lhe o governo.

José dias tinha medo às cobardes ameaças do Zeferino; diziam-lhe que o pedreiro jurara matá-lo, e já constava que era ele o chefe da guerrilha, em que se alistaram todos os ladrões e assassinos conhecidos na comarca. A mãe empurrava-o pela porta fora - que fugisse para Caldelas; que não fosse o diabo armar-lhe alguma trempe por causa da marta, da tal bebedinha que não dera cavaco ao pedreiro. Ele deitou o selote à égua e fugiu a galope; mas o regedor, com a sua consciência ilibada, esperou os revoltosos com o Zeferino à frente, brandindo a espada do pai, que não se desembainhara desde o ataque a santo urso.

- Está você preso por cabralista! - intimou o pedreiro, deitando-lhe a mão à lapela da véstia; e voltado para a turba: - rapazes, cercai a casa; tudo que estiver, preso!.

- Os meus filhos saíram; mas entrem, busquem à vontade - disse o regedor; e, olhando para o pedreiro, ironicamente: - ah seu Zeferino, seu Zeferino, você não veio aqui para me prender a mim... É outra história que você lá sabe. Isto de mulheres são os nossos pecados, mestre Zeferino...

- Não me cante! - bradou o das lamelas com furiosos arremessos. - está preso, e mexa-se já para a cadeia.

- Você não pode prender-me, mestre Zeferino - contrariou a autoridade dentro da lei. - vá buscar primeiro uma ordem do meu administrador ou do governador civil.

- Já não há governador civil! - explicou o caudilho. - agora são outros governos, seu asno! Quem reina é o Sr. D. Miguel I. E você não me esteja aí a fanfar, que eu já não o enxergo. Ande lá para a cadeia, com dez milhões de diabos!

O regedor entrou em vila nova de Famalicão na onda de alguns milhares de homens e rapazes que davam vivas a D.

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pág. 132 (Capítulo 15)

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Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 132

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196