Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 16: CAPÍTULO XV

Página 143
..

- Que há? - perguntou o quartel-mestre-general.

- Já que estamos cercados pelos Cabrais. Os nossos piquetes de santa luzia e do castelo já foram atacados, e ouve-se fogo de fuzil em outros pontos. Veja lá o que quer que eu faça.

O Vitorino ficou passado de terror, e levou o capitão à sala em que o Macdonell passeava pelo braço de D. Emília azenha, e o visconde, o hospedeiro fidalgo palestrava com numerosos hóspedes, cónegos, abades, capitães-mores, antigos magistrados. Pinho leal repetiu ao escocês o que dissera ao seu quartel-mestre. “Ó alma do diabo - escreve o Sr. Pinho leal - ficou com a mesma cara imperturbável, disse-me: isso vale nada. Tenho tudo prevenido. Mande recolher a gente a quartéis.” Mas a dama assustada desprendeu-se do braço do general, e foi preparar os baús para a fuga; e os do estado - maior compeliram o general a fugir também. Era uma hora da noite quando o exército realista abandonou Guimarães e entrou na estrada de Amarante.

Pinho leal inventara o ataque dos cabralistas para salvar-se a si e aos outros da carniçaria inevitável; porque, ao romper a manhã do dia seguinte, entraram em Guimarães seiscentos soldados do casal ainda embriagados da sangueira de braga. Reproduzem-se textualmente no seu estilo militarmente pitoresco os veracíssimos esclarecimentos de pinho leal: ...a besta do escocês continuava na sua pânria sem se importar da guerra para nada, e o mesmo faziam os da sua “corte”. Eu, vendo que de um momento para outro, podíamos ser surpreendidos e trucidadas pelos Cabrais, aproveitando a circunstância de estar “superior do dia” e tendo na casa da câmara um “suporte” de cem homens, comandados pelo alferes José maria (o morgado do triste) dei-lhe a ele somente parte do que ia pôr em execução.

<< Página Anterior

pág. 143 (Capítulo 16)

Página Seguinte >>

Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 143

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196