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Capítulo 4: CAPÍTULO III

Página 27
À entrada da ponte de pau havia taverna, com as prateleiras alinhadas de garrafas da companhia, com rótulos.

A multidão parou, avistando gente armada que descia a calçada de além, ao nível da quinta do mosteiro de S. Bento. O taverneiro, muito caloteado dessa vez, diz ao comandante, ao Gaspar, que não caísse em se meter à ponte.

- Vocês vão cair aí nessa ponte como tordos, e os que não caírem têm de largar os socos a fugir - avisava, porque sabia que os de lá eram tesos, e vinham todos armados.

O cabecilha tinha o seu vinho quase digerido; a bravura começava a ceder às reflexões sensatas do taverneiro; mas o seu estado-maior, uns facínoras da quadrilha que três anos antes infestara as encruzilhadas da terra negra e travagem, não transigiam, e forçavam-no a beber copos de aguardente. - que o primeiro que mostrasse os calcanhares ia malhar da ponte abaixo! - protestavam os velhos salteadores do Minho, batendo com as coronhas no balcão.

Entretanto, o administrador do concelho com dois empregados inermes atravessava a ponte. A guerrilha, estupefacta da audácia, esperava-o numa atitude pacífica, estúpida, um retraimento de covardia, olhando-se uns para os outros e todos para o alferes. Ele, empurrado pelos valentes, colocou-se à frente, na boca da ponte, com a espada nua. O administrador chegou muito de passo e perguntou se estava ali o Sr. Morgado de barrimau, que desejava falar-lhe. Que não estava. - eu sou o chefe - disse o Gaspar.

- Logo me pareceu que um homem sério, como o morgado, não estaria à frente deste bom povo enganado - ponderou a autoridade. - e vossemecê quem é? - perguntou ao chefe.

Que era o alferes das lamelas, bem conhecido em toda a parte; que perguntasse aos malhados de santo tirso, a esse ladrões que o perseguiram e lhe roubaram os seus bens.

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Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 27

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196