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Capítulo 5: CAPÍTULO IV

Página 40
lá de lisboa, e quando vinha ver as suas quintas, ó senhores, caía ai o poder do mundo de braga e Guimarães a visitá-lo! E as fidalgas? Isso então a gente, quando as via, corria logo a beijar-lhes a mão, e elas no dia de páscoa mandavam às cachopas lenços para a cabeça e regueifas de pão podre. Aquela casa estava sempre cheia de frades de ordens ricas...

- Isso, isso.., eu logo vi que essas fidalgas tinham de estar cheias de frades de ordens ricas - dizia o José dias de Vilalva. - muito cheias de frades aquelas fidalgas, hem?

- Aí vens tu com as tuas alicantinas - retrucava, prognóstica e solene, a tia rosa de carude.

- É o que tu estudas, meu valdevinos. Agora é melhor que então, pois não foste? As fidalgas de hoje em dia presentemente fogem com os doutores e deixam os filhos... Isto agora é que é bom às direitas, pois não é? No tempo antigo, valha-me deus, as fidalgas eram umas desavergonhadas que conheciam frades e criavam os seus filhos.

- Os filhos dos frades? - perguntava o dias.

- Cala-te aí, boca danada! Olha que padre havia de sair de ti! Ainda bem que a marta de Prazins te fez mudar de rumo.

A fuga da Honorata guião com o silveira dos pombais não amotinara a opinião pública escandalizada. A exceção da austera rosa de carude. Toda a gente deu razão à fidalga. O Cerveira tinha amigas da ralé, que metia em casa - uma diversão à embriaguez, quando não exercia as duas distrações numa promiscuidade desaforada. D. Honorata visitava-se unicamente com a D. Andresa da silveira, da casa dos pombais, irmã de um bacharel delegado em Amarante. Chorava muito com ela e pedia-lhe que perguntasse ao mano doutor se poderia separar-se por justiça, antes de se atirar a uma cisterna. D. Andresa pediu ao irmão que viesse ouvir as tristes alegações da sua desgraçada amiga.

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pág. 40 (Capítulo 5)

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Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 40

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196