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Capítulo 10: CAPÍTULO IX

Página 81

Assim que o aço da baioneta raspou na parede, a senhorinha começou a dar gritos, sentou - se a espernear, e perdeu os sentidos.

- Que diabo tem a velha?! - perguntou o pílula. Dão-lhe estupores, bem?

- É flato, costuma-lhe a dar - elucidou o abade. O 24 voltara-se a ver a velha escabujar, e retirara a baioneta de trás idas pipas. O abade teve um momento de esperança, cuidando que o exame estava feito:

- Tem visto, senhor sargento? Aqui não há nada. Os senhores vieram enganados a minha casa. - e caminhou para a porta com a luz.

- Espere aí, seu padre! Anda-me com a baioneta, 24. Escarafuncha-me esses ratos.

O outro soldado entrou no mesmo exame; e, apenas as baionetas resvalaram por corpo que lhes abafava os tinidos metálicos das pontuadas, ouviu-se um grande estrupido de coisa que trepava pelas pipas. E nisto apareceu uma cabeça com enormes barbas sobre um dos tampos.

- Oh! - bradou o pílula - muito bem aparecido nesta função, Sr. D. Miguel i!

Suba para cima desse trono e dê lá de cima um bocado de cavaco às tropas! Mas o melhor é descer cá para baixo, real senhor!

O 24, muito espantado, a olhar para a cabeça do homem:

- Parece o padre eterno, ó meu sargento!

- Com quem ele se parece é com o remexido do algarve - afirmava o 14.

- Desça daí que ninguém lhe faz mal, homem. Está preso à ordem do governador civil - concluiu o sargento com seriedade imponente.

- Este senhor?... Não... - disse o abade com as mãos postas (*).

[(*) São as textuais palavras e a atitude do padre, significativas da crença entranhada na realeza do preso, e da sua paixão naquele lance. Parece que intentava mover à piedade a escolta, increpando-a pela profanação de pôr mãos no rei legítimo. (informação de ferreira de andrade.

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pág. 81 (Capítulo 10)

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Capa do livro A Brazileira de Prazins
Páginas: 202
Página atual: 81

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I 9
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 21
CAPÍTULO IV 32
CAPÍTULO V 46
CAPÍTULO VI 52
CAPÍTULO VII 59
CAPÍTULO VIII 67
CAPÍTULO IX 74
CAPÍTULO X 84
CAPÍTULO XI 101
CAPÍTULO XII 113
CAPÍTULO XIII 121
CAPÍTULO XIV 130
CAPÍTULO XV 141
CAPÍTULO XVI 157
CAPÍTULO XVII 166
CAPÍTULO XVIII 173
CAPÍTULO XIX 182
CAPÍTULO XX 190
CONCLUSÃO 196