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Capítulo 3: CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA

Página 49
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA

Variabilidade - Diferenças individuais - Espécies duvidosas - As espécies amplamente distribuídas, muito difusas e comuns, são as que mais variam - As espécies dos géneros maiores em qualquer região variam mais do que as espécies dos géneros menores - Muitas espécies pertencentes aos géneros maiores assemelham-se a variedades por serem íntima mas desigualmente próximas entre si e por terem uma distribuição limitada.

Antes de aplicar aos seres orgânicos em estado de natureza os princípios a que chegámos no último capítulo, temos de discutir brevemente se aqueles estão ou não sujeitos a qualquer variação. Para dar a este assunto um tratamento de todo em todo apropriado, deve-se apresentar um extenso catálogo de factos em bruto; mas reservarei isto para o meu trabalho futuro. Tão-pouco discutirei aqui as várias definições que se deu do termo «espécie». Nenhuma definição satisfez até agora todos os naturalistas; no entanto, cada naturalista tem uma ideia vaga daquilo que quer dizer quando fala de uma espécie. Geralmente, o termo inclui o elemento desconhecido de um acta distinto de criação. É quase tão difícil como definir o termo «variedade», embora neste esteja quase universalmente implícita a comunidade de ascendência, apesar de raramente poder ser demonstrada. Temos também aquilo a que se chama «monstruosidades»; mas estas tornam-se gradualmente variedades. Presumo que por «monstruosidade» se entende um considerável desvio de estrutura numa parte, desvio que ou é prejudicial ou inútil para a espécie e que não está amplamente disseminado. Alguns autores usam o termo «variação» num sentido técnico, como se sugerisse uma modificação directamente

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pág. 49 (Capítulo 3)

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Capa do livro A Origem das Espécies
Páginas: 524
Página atual: 49

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
INTRODUÇÃO 1
CAPÍTULO I
VARIAÇÃO SOB DOMESTICAÇÃO
7
CAPÍTULO II
VARIAÇÃO EM ESTADO DE NATUREZA
49
CAPÍTULO III
LUTA PELA EXISTÊNCIA
67
CAPÍTULO IV
SELECÇÃO NATURAL
88
CAPÍTULO V
LEIS DA VARIAÇÃO
143
CAPÍTULO VI
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELA TEORIA
184
CAPÍTULO VII
INSTINTO
223
CAPÍTULO VIII HIBRIDISMO 263
CAPÍTULO IX
SOBRE A INPERFEIÇÃO DO REGISTO GEOLÓGICO
302
CAPÍTULO X
SOBRE A SUCESSÃO GEOLÓGICA DOS SERES ORGÂNICOS
336
CAPÍTULO XI
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
372
CAPÍTULO XII
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA (continuação)
411
CAPÍTULO XIII
AFINIDADES MÚTUAS DOS SERES ORGÂNICOS. MORFOLOGIA. EMBRIOLOGIA. ÓRGÂOS RUDIMENTARES.
441
CAPÍTULO XIV
RECAPITULAÇÃO E CONCLUSÃO
491