TREZE Soa a sexta Trombeta. E a voz que sai do altar dourado diz: «Solta os quatro anjos que estão atados no grande rio Eufrates.»
Tal como havia os anjos dos quatro ventos estes são, evidentemente, dos quatro cantos. E portanto o Eufrates, o pernicioso rio da Babilónia, representará, sem dúvida, as águas subterrâneas ou o aspecto demoníaco do sub-oceano abissal.
Os anjos são soltos e depois disso, ao que parece, emerge do abismo o grande exército de cavaleiros-demónios, ao todo duzentos milhões.
Estes duzentos milhões de cavaleiros têm cavalos com cabeça semelhante à do leão, e das suas bocas sai fogo e enxofre. E com o fogo, o fumo e o enxofre que lhes sai da boca matam uma terça parte dos homens: Depois, desesperadamente, é-nos dito que têm o poder na boca e nas caudas; que estas caudas parecem serpentes, possuem cabeças e com elas ferem.
Estas criaturas sobrenaturais são, com certeza, imagens apocalípticas: não símbolos mas imagens pessoais de um velho apocalipta qualquer, muito anterior a João de Patmos. Os cavalos são poderes e instrumentos divinos da desgraça, pois matam uma terça parte dos homens e é-nos dito mais tarde que são pragas. As pragas são o flagelo de Deus.
Ora acontece que eles deveriam ser poderes invertidos ou 'malfazejos das águas abissais ou subterrâneas.