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Capítulo 15: CAPÍTULO XV

Página 222
subira a Tormes a estabelecer aquela sua maravilha, pensando talvez que conquistara um reino novo para desfiar, desceu, silenciosa mente, despedido, e não avistámos mais sobre a serra a hirta sombra cor de ferro e de fuligem. Então compreendi que, verdadeiramente, na alma de Jacinto se estabelecera o equilíbrio da vida, e com ele a Grã-Ventura, de que tanto fora o Príncipe sem Principado. E uma tarde, no pomar, encontrando o nosso velho Grilo, agora reconciliado com a serra, desde que a serra lhe dera meninos para trazer às cavaleiras, - observei ao digno preto, que lia o seu «Figaro», armado de imensos óculos redondos:

- Pois, Grilo, agora realmente bem podemos dizer que o Sr. D. Jacinto está firme. O Grilo arredou os óculos para a testa, e levantando para o ar os cinco dedos em círculo como pétalas de uma túlipa:

- Sua Excelência brotou! Profundo sempre o digno preto! Sim! Aquele ressequido galho de Cidade, plantado na Serra, pegara, chupara o húmus do torrão herdado, criara seiva, afundara raízes, engrossara de tronco, atirara ramos, rebentara em flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre, dando frutos, derramando sombra. E abrigados pela grande árvore, e por ela nutridos, cem casais em redor o bendiziam.

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pág. 222 (Capítulo 15)

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Capa do livro A Cidade e as Serras
Páginas: 238
Página atual: 222

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CAPÍTULO I 1
CAPÍTULO II 15
CAPÍTULO III 26
CAPÍTULO IV 41
CAPÍTULO V 62
CAPÍTULO VI 75
CAPÍTULO VII 88
CAPÍTULO VIII 105
CAPÍTULO IX 144
CAPÍTULO X 177
CAPÍTULO XI 188
CAPÍTULO XII 195
CAPÍTULO XIII 201
CAPÍTULO XIV 212
CAPÍTULO XV 220
CAPÍTULO XVI 223