Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 3: CAPÍTULO II

Página 11
O relógio que ele não introduziu bem na algibeira do colete e que um momento depois lhe caiu, ficando por algum tempo patente e pendido da corrente, era um relógio singular que se não confunde facilmente e que não deixará de ser reconhecido, depois da noticia que dou dele, pelas pessoas que alguma vez o tivessem visto. A caixa do lado oposto ao mostrador era de esmalte preto, liso, tendo no centro, por baixo de um capacete, um escudo de armas de ouro encobrado e polido.

Havia poucos momentos que caminhávamos quando o individuo sentado em frente de F…, o mesmo que na estrada nos instara mais vivamente para que o acompanhássemos, nos disse:

- Eu julgo inútil asseverar-lhes que devem tranquilizar-se inteiramente em quanto à segurança das suas pessoas…

- Está visto que sim, respondeu o meu amigo; nós estamos perfeitamente sossegados a todos os respeitos. Espero que nos façam a justiça de acreditar que nos não têm coatos pelo medo. Nenhum de nós é tão criança que se apavore com o aspeto das suas mascaras negras ou das suas armas de fogo. Os senhores acabam de ter a bondade de nos certificar de que não querem fazer-nos mal: nós devemos pela nossa parte anunciar-lhes que desde o momento em que a sua companhia começasse a tornar-se-nos desagradável, nada nos seria mais fácil do que arrancar-lhes as mascaras, arrombar os stores, convida-los perante a primeira carruagem que passasse por nós a que nos entregassem as suas pistolas, e relaxa-los em seguida aos cuidados policiais do regedor da primeira paroquia que atravessássemos. Parece-me portanto justo que comecemos por prestar o devido culto aos sentimentos da amabilidade, pura e simples, que nos tem aqui reunidos. Doutro modo ficaríamos todos grotescos: os senhores terríveis e nós assustados.

<< Página Anterior

pág. 11 (Capítulo 3)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 11

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240