Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 10: TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I

Página 50
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I

Julho 21 à 1 hora da noite.

- Meu querido amigo.

- Ignoro se estás na tua casa, para onde te dirijo esta carta, ou se continuas, como eu, permanecendo aqui em carcere privado. Em qualquer dos casos, recebidas agora ou encontradas mais tarde, estas letras ficarão encerrando para aquele de nós que houver de as ler a lembrança proveitosa das horas mais extraordinárias da nossa vida.

Escrevo mais para coordenar e fixar na memória estes momentos do que para empregar noutro destino puramente hipotético esta carta. Será uma página das minhas confidências que entregarei à discrição ou ao acaso da posta, reservando-me o direito de lhe pedir que mas restitua ao seu tempo.

Não tornei a ter noticia tuas desde que nos separámos ontem à noite, pouco tempo depois de termos entrado na sala em que estava o cadáver. O mascarado que se encarregara de me conduzir ao quarto onde me acho deu-me o seu braço e disse-me ao ouvido um nome de mulher, a indicação de uma rua e o número de uma porta. Era o nome da pessoa que sabes e a designação da casa em que ela mora! Creio que involuntariamente estremeci, mas consegui dizer serenamente:

- Não o compreendo.

Este individuo era o mesmo que na carruagem se conservara sempre calado, o mesmo que na sala me observava com atenção e desconfiança.

Aquela estatura, aquela fala, aquela voz, posto que apenas percetível ao meu ouvido, não eram novas para mim.

Ele respondeu falando-me ainda mais baixo:

- Não poderá sair daqui antes de dois ou três dias. Veja se precisa de escrever uma carta ou de mandar um recado.

Passou-me pela mente uma ideia a respeito daquele homem… Se fosse…

Ocorreu-me que teria um meio de desenganar-me se era efetivamente ou se não era um amigo íntimo que eu tinha ao meu lado: arrancar-lhe o relógio; bastar-me-ia apalpa-lo, ainda vendado como eu estava, para reconhecer o dono.

<< Página Anterior

pág. 50 (Capítulo 10)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 50

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240