Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 10: TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I

Página 51
A ser o individuo que eu supunha, a caixa do relógio teria a lisura do esmalte e no centro a saliência de um brasão.

- Escreverei duas linhas, disse eu; quererá dar-me um lápis?

Tínhamos chegado ao quarto que me era destinado e eu desvendei-me ao tempo em que ele saia prometendo trazer-me o necessário para escrever. O individuo que voltou com papel e penas não era o mesmo que acabara de sair. Assim tinha eu perdido a ocasião de confirmar uma suspeita ou de desvanecer uma dúvida.

Em todo o caso escrevi duas linhas ao meu criado serenando-o com relação ao meu desaparecimento.

- Mais nada? interrogou o desconhecido tomando o meu bilhete.

- Nada mais.

Um sentimento de delicadeza e uma sombra de desconfiança impediam-me de escrever diretamente à pessoa a quem o mascarado se referira.

Fecharam a porta e fiquei só.

Achei-me num quarto de interior, bastante espaçoso, mas sem janela. A um lado havia um lavatório; sobrepostas a um canto três malas de viagem, de coiro de Varsóvia com pregos de aço, estreladas com senhas de caminhos de ferro, de hotéis e de paquetes; a que estava por cima das outras tinha em grandes letras pretas sobre uma tira de papel este dístico: Grand-Hote-l’Paris; uma das senhas era dos paquetes ingleses da carreira da India. Para outro lado do quarto havia uma cama. Completava a simples guarnição deste aposento um sofá forrado de marroquim verde, colocado no meio da casa em frente de uma ampla mesa em que estava posta a minha ceia à luz fulgurante de um grande candeeiro com largo abat-jour.

Queres que te confesse a verdade? Agradou-me aquele recolhimento, aquele sossego, aquela solidão, depois da grande sobrexcitação em que me tinha achado!

Estirei-me no sofá, pus-me a olhar maquinalmente

<< Página Anterior

pág. 51 (Capítulo 10)

Página Seguinte >>

Capa do livro O Mistério da Estrada de Sintra
Páginas: 245
Página atual: 51

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
CARTA AO EDITOR, 1
PRIMEIRA PARTE - EXPOSIÇÃO DO DOUTOR
CAPÍTULO I
5
CAPÍTULO II 10
CAPÍTULO III 14
CAPÍTULO IV 18
CAPÍTULO V 25
CAPÍTULO VI 30
CAPÍTULO VII 37
SEGUNDA PARTE - INTERVENÇÃO DE Z.
CAPÍTULO I
44
TERCEIRA PARTE - DE F… AO MÉDICO
CAPÍTULO I
50
CAPÍTULO II 56
CAPÍTULO III 60
QUARTA PARTE - NARRATIVA DO MASCARADO ALTO
CAPÍTULO I
79
CAPÍTULO II 85
CAPÍTULO III 91
CAPÍTULO IV 94
CAPÍTULO V 102
CAPÍTULO VI 108
CAPÍTULO VII 113
CAPÍTULO VIII 118
CAPÍTULO IX 123
CAPÍTULO X 125
CAPÍTULO XI 130
CAPÍTULO XII 134
CAPÍTULO XIII 138
CAPÍTULO XIV 143
CAPÍTULO XV 149
QUINTA PARTE - AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
154
CAPÍTULO II 163
CAPÍTULO III 165
CAPÍTULO IV 170
CAPÍTULO V 182
CAPÍTULO VI 187
SEXTA PARTE - A CONFISSÃO DELA
CAPÍTULO I
190
CAPÍTULO II 195
CAPÍTULO III 197
CAPÍTULO IV 204
CAPÍTULO V 208
CAPÍTULO VI 213
CAPÍTULO VII 217
CAPÍTULO VIII 221
CAPÍTULO IX 226
CAPÍTULO X 231
SÉTIMA PARTE - CONCLUEM AS REVELAÇÕES DE A. M. C.
CAPÍTULO I
236
CAPÍTULO II 240