Epílogo
Depois da morte de Heitor, a guerra de Tróia continuou e a situação tornou-se difícil para os troianos que tinham perdido o seu melhor guerreiro. Os gregos conseguiram levar, por mais de uma vez, a batalha até às muralhas de Tróia.
E foi num desses dias que se concretizou o destino de Aquiles. Chefiando os gregos contra os troianos, estava ele a lutar junto às portas Céias onde Páris, evitando sempre os perigos da batalha, estava escondido. Quando viu Aquiles ao alcance do seu arco, atirou-lhe uma flecha. Nunca antes tivera um alvo tão perfeito e Aquiles, que Páris nunca ousaria enfrentar, caiu morto. E, assim, o maior guerreiro de todos foi abatido por um homem de pouca coragem e nenhum valor.
Ájax e Ulisses salvaram o corpo de Aquiles dos troianos e levaram-no de regresso aos navios, colocando-o num ataúde na praia. Nela, todos os reis e príncipes gregos se uniram aos mirmidões para o velar. Do mar profundo veio sua mãe Tétis, com as quarenta e nove filhas de Nereu, para chorarem a morte de Aquiles. Um grande medo apoderou-se dos gregos que queriam fugir, mas o velho Nestor chamou-os, dizendo:
— Não há nada que recear. É a imortal Tétis e as suas irmãs que vieram chorar pelo filho morto.
Os gregos choraram junto das densas e assim Aquiles foi velado por homens mortais e deusas imortais, durante dezassete longos dias. E no décimo oitavo dia os gregos queimaram o corpo de Aquiles em alta pira com jarras de óleo e mel. No dia seguinte, tiraram os seus ossos das cinzas e colocaram-nos numa urna, oferecida a Tétis por Vulcano. E nessa urna puseram também os ossos de Pátroclo e nela erigiram, como Aquiles lhes pedira, uma imponente sepultura.