Os deuses tinham abandonado os terríveis combates, que continuavam, no entanto, com grande mortandade de ambos os lados. Os dardos dos dois exércitos confundiam-se na planície que separa os rios Simoente e Xanto. Ájax, filho de Télamon, forte sustentáculo dos gregos, enche-lhes o coração de fundadas esperanças, ao abater o chefe dos trácios. A lança atingiu-o no capacete e, não encontrando resistência bastante, penetrou-lhe na testa. O véu impenetrável da morte cobriu-lhe os olhos.
O belicoso Menelau apanha Adrasto com vida. Os cavalos desse chefe, aterrorizados, corriam desabaladamente pela planície e fizeram com que o carro colidisse com um tronco de árvore; libertando-se, fugiram em direcção à cidade. Despenhando-se do carro, Adrasto caiu junto a uma das rodas , com o rosto no chão. Menelau aproxima-se dele, trazendo a comprida na mão. Adrasto abraça-se aos seus joelhos implorando clemência metendo-lhe que o pai daria preciosos tesouros pelo seu resgate.
Tais palavras abalaram o coração de Menelau, que dava já ordem a um seus para que levasse o guerreiro prisioneiro para os navios quando Agamémnon acorreu indignado:
— Menelau, como poupas assim a vida aos nossos inimigos? Achas, então, que os troianos te trouxeram grandes benefícios! Nenhum deles deve ar ao nosso braço e que todos os habitantes de Tróia pereçam sem sepultura e sem deixar de si nenhum traço para a posteridade.
Menelau repetiu Adrasto com as mãos e Agamémnon mergulhou a lança rpo do guerreiro, que tombou de costas. Então, comprimindo-lhe Ito com o pé, o duro átrida arrancou a arma e afastou-se.