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Capítulo 17: Capítulo 17

Página 86

Agora a batalha passara a ser travada junto às muralhas que os grego tinham construído para a defesa dos navios. Em torno da grande muralha o largo e profundo fosso cavado pelos helenos dificultava ainda mais o acesso às embarcações gregas. Mas Heitor, impetuoso como um furacão, avançava sempre, concitando os companheiros a que não se detivessem diante de nenhum obstáculo. Os cavalos relinchavam, empinavam-se e recusavam -se a transpor a vala. Fizeram várias tentativas mas, finalmente, os guerreiros concluíram que seria inútil tentar, pois os carros não poderiam passar por ali. Foi então que Polidamas se aproximou de Heitor e lhe disse:

— Chefe, será inútil e perigoso arriscar os cavalos neste fosso. Do lado oposto existem estacas pontiagudas e os animais não teriam ponto dá apoio. Seria, também, impossível descer e manobrar os carros lá em baixo num lugar assim tão estreito. Porque, se os helenos caírem sobre nós, quem quer que esteja dentro desse buraco, não escapará. O meu conselho é c seguinte: deixaremos os carros e os cavalos aqui à beira do fosso, controlados pelos aurigas, e avançaremos a pé, em fileiras cerradas, conduzidos por ti. Assim, os gregos serão colhidos de surpresa e, se Júpiter nos ajudar, a vitória é certa.

Assim falou Polidamas e Heitor prontamente concordou. Saltou imediatamente do seu carro, no que foi imitado pelos outros troianos. Organizaram cinco batalhões dispostos por esta ordem: à frente Heitor e Polidamas, comandando os guerreiros mais valorosos; a seguir, Páris, Alcatos e Agenor; o terceiro grupo era chefiado por Heleno e Deífobo, ambos filhos de Príamo e Ásio; Eneias comandava o quarto batalhão, auxiliado pelos dois filhos de Antenor, Arquíloco e Acamas; os aliados marchavam às ordens de Sarpedão, que levava como subalternos Glauco e Asteropeu, em quem depositava a mais absoluta confiança.

Em fileiras cerradas, escudos unidos, os homens avançaram cheios dá ardor, dispostos a só se deterem depois de destruírem os navios gregos Todos, com excepção de Ásio, deixaram os cavalos com os aurigas. Má aquele insensato precipitou-se com o carro e, encontrando um porro aberto, avançou muralha adentro, acompanhado pelos seus homens. O gregos tinham deixado aquela porta aberta para que, ao recuar, os guerreiros se pudessem refugiar atrás dos muros.

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Capa do livro Ilíada
Páginas: 178
Página atual: 86

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 4
Capítulo 3 15
Capítulo 4 18
Capítulo 5 25
Capítulo 6 31
Capítulo 7 37
Capítulo 8 41
Capítulo 9 44
Capítulo 10 49
Capítulo 11 56
Capítulo 12 64
Capítulo 13 67
Capítulo 14 70
Capítulo 15 73
Capítulo 16 80
Capítulo 17 86
Capítulo 18 90
Capítulo 19 96
Capítulo 20 101
Capítulo 21 105
Capítulo 22 112
Capítulo 23 115
Capítulo 24 121
Capítulo 25 124
Capítulo 26 127
Capítulo 27 133
Capítulo 28 139
Capítulo 29 145
Capítulo 30 149
Capítulo 31 156
Capítulo 32 159
Capítulo 33 165
Capítulo 34 175