Toas, soldado destemido, levantou-se logo, desembaraçou-se do seu manto, e partiu, rápido. Desse modo obtive roupa em que me embrulhasse, comodamente, e pude então dormir tranquilamente até ao romper do dia. Prouvesse aos deuses que eu fosse ainda como então era, e que um dos pastores aqui presentes me desse um bom manto, preito de amizade e respeito a um homem honesto...
Mas todos me desprezam por causa destes velhos farrapos…»
Eumeu percebeu o apólogo. Mandou que dessem a Ulisses um manto forrado de lã de carneiro, embora tão bom agasalho não abundasse. Deitaram-se todos outra vez, dormiram sossegadamente, enquanto Eumeu - era a sua hora de vela - se cobria também de quentes abafes, mas para ficar de sentinela à porta da choupana, armado de arco e de setas, pronto a defender a casa e os rebanhos, dos ladrões e dos cães selvagens...