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Capítulo 11: XI - DESFORRA DA POLÍCIA

Página 119
Corentin pegou, no dólman e observou o sítio. onde faltava o botão que apanhara na estrada.

- A que horas o encontraram? - perguntou Corentin.

- Pela alvorada.

- Trouxeram-no logo para aqui? - insistiu Corentin, que acabava de notar o estado da cama, que não fora usada.

- Sim, senhor.

- Quem o trouxe?

- As mulheres e o pequeno Michu, que me encontrou desmaiado.

«Bom! Eles não se deitaram- disse Corentin com os seus botões. - O brigadeiro não foi atingido nem por um tiro de espingarda nem por uma paulada, pois o adversário, para o, alcançar, teria de pôr-se à sua, altura, e tinha de estar a cavalo. Só podia, portanto, ser desarmado por um obstáculo que se opusesse à sua passagem. Uma armadilha de madeira? Não é possível. Uma cadeia de ferro? Teria deixado marcas.» - Que sentiu você? - inquiriu do brigadeiro, ao aproximar-se dele.

- Fui derrubado tão bruscamente...

- Tem a pele esfolada debaixo do queixo.

- Tive a, impressão de que me passou uma corda pela cara...

- Ora aí está! - exclamou Corentin. - Alguém estendeu uma corda entre duas árvores para barrar a passagem...

- Pode ser, sim, senhor, pode ser - murmurou o brigadeiro.

Corentin saiu do quarto e desceu à-sala.

- Pois bem, meu velho patife, acabemos com isto! - dizia Michu, dirigindo-se a Violette, com os olhos no espião. - Cento e vinte mil francos por tudo, e as minhas terras são tuas. Far-me-ei rendeiro.

- Só tenho, tão certo como haver um Deus único, sessenta mil.

- Mas se eu te dou um prazo para me pagares o resto! E aqui estamos nós desde ontem sem podermos fechar o negócio... Terras de primeira qualidade!

- As terras são boas - tornou-lhe Violette.

- Vinho, mulher! - gritou Michu.

-Ainda não beberam bastante? - exclamou a mãe de Marta.

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pág. 119 (Capítulo 11)

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Capa do livro Um Caso Tenebroso
Páginas: 249
Página atual: 119

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
I - OS JUDAS 1
II – PROJECTO DE UM CRIME 16
III - AS MALÍCIAS DE MALIN 25
IV - FORA A MÁSCARA! 35
V – LAURENCE DE CINQ-CYGNE 43
VI - FISIONOMIAS REALISTAS NO TEMPO DO CONSULADO 54
VII - A VISITA DOMICILIARIA 67
VIII-UM RECANTO DA FLORESTA 78
IX - DESDITAS DA POLÍCIA 90
X - LAURENCE E CORENTIN 104
XI - DESFORRA DA POLÍCIA 117
XII - UM DUPLO E MESMO AMOR 128
XIII – UM BOM CONSELHO 140
XIV -AS CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO 151
XV - A JUSTIÇA SEGUNDO O CÓDIGO DE BRUMÁRIO DO ANO IV 159
XVI - AS DETENÇÕES 168
XVII - DÚVIDAS DOS DEFENSORES OFICIOSOS 178
XVIII – MARTA COMPROMETIDA 190
XIX-OS DEBATES 196
XX – HORRÍVEL PERIPÉCIA 212
XXI - O BIVAQUE DO IMPERADOR 222
XXII-DISSIPAM-SE AS TREVAS 236