Acenou o velho queixo com ar sabedor. Ah! havia razões secretas. Era um homem de grande experiência queria que aquele Tuan branco soubesse - e voltou-se para Brierly, que não levantou a cabeça - que tinha adquirido o conhecimento de muitas coisas ao serviço de homens brancos no mar, durante muitos anos e subitamente, trémulo de excitação, atirou sobre nós, fascinados, uma quantidade de nomes de ressonância estranha, nomes de capitães mortos e desaparecidos havia muito, nomes de barcos já esquecidos, nomes com um som familiar e corrompido, como se a mão do tempo silencioso os tivesse estado a contorcer desde há séculos. Finalmente, mandaram-no calar. Caiu um silêncio sobre o tribunal- um silêncio que permaneceu intacto pelo menos um minuto e que se prolongou suavemente num grave murmúrio. Este episódio constituiu a sensação do segundo dia do processo - e emocionou toda a assistência menos Jim, que estava sentado, taciturno, na ponta do primeiro banco, e nunca levantou os olhos para esta testemunha extraordinária que o ajudava a condenar e que parecia conhecer um misterioso sistema de defesa.
«Assim estes dois lascares se aguentaram ao leme desse barco sem governo, onde a morte os teria encontrado se tal fosse o seu destino. Os brancos não lhes concederam um olhar distraído, esqueceram mesmo provavelmente a sua existência. Seguramente, Jim nem deles se lembrava. Só recordava que não podia fazer nada; não podia fazer nada agora, que estava sozinho. Nada mais havia a fazer senão ir para o fundo com o barco. De nada servia armar um tumulto. Não serviria? Esperou de pé, calado, firme, como que numa atitude de discrição heróica. O primeiro-maquinista atravessou a ponte a correr com precaução e puxou-o pela manga.
«'Venha ajudar-nos! Pelo amor de Deus, venha ajudar-nos!'
«Correu de novo para o salva-vidas na ponta dos pés e voltou imediatamente para trás, a agarrar-se à manga do casaco, a suplicar e a praguejar ao mesmo tempo.