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Capítulo 10: CAPÍTULO 8

Página 93

Acho-me tranquilo - sem desejos, sem esperanças. Não me preocupa o futuro. O meu passado, ao revê-lo, surge-me como o passado de um outro. Permaneci, mas já não me sou. E até à morte real, só me resta contemplar as horas a esgueirar-se em minha face… A morte real - apenas um sono mais denso…

Antes, não quis porém deixar de escrever sinceramente, com a maior simplicidade, a minha estranha aventura. Ela prova como factos que se nos afiguram bem claros são muitas vezes os mais emaranhados; ela prova como um inocente, muita vez, se não pode justificar, porque a sua justificação é inverosímil - embora verdadeira.

Assim eu, para que lograsse ser acreditado, tive primeiro que expiar, em silêncio, durante dez anos, um crime que não cometi…

A vida…

1-27 Setembro 1913 - Lisboa.

Mário de Sá-Carneiro

FIM

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pág. 93 (Capítulo 10)

Sinopse >>

Capa do livro A Confissão de Lúcio
Páginas: 93
Página atual: 93

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A CONFISSÃO DE LÚCIO 1
PREFÁCIO 2
CAPÍTULO 1 4
CAPÍTULO 2 22
CAPÍTULO 3 40
CAPÍTULO 4 51
CAPÍTULO 5 57
CAPÍTULO 6 64
CAPÍTULO 7 81
CAPÍTULO 8 90