.. Ou talvez fosse luar que corresse... Diríeis lágrimas. Pôs-se a olhar inquieto. A Árvore, mais esguia ao palor do luar, parecia transformada. Acenavam-lhe os ramos – e que voz era aquela, fina e meiga, que o chamava?... Ou seria água nascendo ou um fio de luar a correr?
Desceu três a três os degraus e ei-lo no saguão.
Vestira o luar a Árvore e sob a magia da noite a eclosão fizera-se.
Ao luar, na luz indecisa da noite, lhe pareceu a Árvore como um branco fantasma a fugir e a chamá-lo.
Baixaram-se os seus troncos para o tomar e ouvindo aquela voz amiga, desfaleceu apertado, morto, levado pelos ramos...
Pela primeira vez a Árvore de saguão deitara flor, mas que flor! que simulacro de flor e à custa de que sofrimento! Cada flor era um grito – cada flor da Árvore imensa que cobria a pedra e o Hospital. Eles dois enchiam o mundo – dum lado a Árvore, do outro o Hospital.