Capítulo 3: Acto Terceiro
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Tinha um pressentimento do que havia de acontecer… parecia-me que não podia deixar de suceder… e cuidei que o desejava enquanto não veio. Veio, e fiquei mais aterrado, mais confuso que ninguém! Meu honrado amo, o filho do meu nobre senhor, está vivo… o filho que eu criei nestes braços… Vou saber novas certas dele, no fim de vinte anos de o julgarem todos perdido; e eu, eu que sempre esperei, que sempre suspirei pela sua vinda… - era um milagre que eu esperava sem o crer! - eu agora tremo… É que o amor destoutra filha, desta última filha, é maior, e venceu… venceu… apagou o outro… Perdoai-me, Deus, se é pecado. Mas que pecado há-de haver com aquele anjo? Se ela me vivirá, se escapará desta crise terrível? Meu Deus, meu Deus (ajoelha), levai o velho que já não presta para nada, levai-o, por quem sois! (Aparece o Romeiro à porta da esquerda, e vem lentamente aproximando-se de Telmo, que não dá por ele).
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