Contentai-vos com este pobre sacrifício da minha vida, Senhor, e não me tomeis dos braços o inocentinho que eu criei para vós, Senhor, para vós… mas ainda não, não mo leveis ainda. Já padeceu muito, já traspassaram bastantes dores aquela alma; esperai-lhe com a da morte algum tempo!
CENA V
TELMO e ROMEIRO
ROMEIRO
- Que não oiça Deus o teu rogo!
TELMO
(sobressaltado)
- Que voz! - Ah! é o romeiro. Que me não oiça Deus! Porquê?
ROMEIRO
- Não pedias tu por teu desgraçado amo, pelo filho que criaste?
TELMO
(à parte)
- Já não sei pedir senão pela outra. (Alto.) E que pedisse por ele! ou por outrem, porque não me há-de ouvir Deus, se lhe peço a vida de um inocente?
ROMEIRO
- E quem te disse que ele o era?
TELMO
- Esta voz… esta voz…! Romeiro,