E bem sabeis, querida mãe, o que eu ando há tanto tempo para ir àquele convento para conhecer a tia D. Joana.
JORGE
- Sóror Joana: assim é que se chama agora.
MARIA
- É verdade. E andam-me a prometer, há um ano, que me hão-de levar lá… Desta vez hão-de mo cumprir… não é assim, minha mãe (acarinhando-a), minha querida mãezinha? Sim, sim, dizei já que sim.
MADALENA
(abraçada com a filha)
- Oh, Maria, Maria… também tu me queres deixar! Também tu me desamparas… e hoje!
MARIA
- Venho logo, minha mãe, venho logo. Olhai, e não tenhais cuidado comigo: vai meu pai, vai o tio Jorge, e levo a minha aia, a Doroteia… É, é verdade, o meu fiel escudeiro há-de ir também, o meu Telmo.
MADALENA
- E tua mãe, filha, deixa-la aqui só, a morrer de tristeza (à parte) e de medo?
MANUEL
- Tua mãe tem razão; não há-de ser assim, hoje não pode ser.