"Maria fica triste e desolada"
JORGE
- Ora pois; eu já disse que não queria ver hoje ninguém triste nesta casa. Venha cá a minha donzela dolorida (pegando-lhe na mão), faça aqui muitas festas ao tio frade, que eu fico a fazer companhia a sua mãe. E vá, vá satisfazer essa louvável curiosidade que tem de ir ver aquela santa freirinha, que tanto deixou para deixar o mundo e se ir interrar num claustro. Vá, e venha… melhor do coração, não pode ser - que tu és boa como as que são boas, minha Maria; mas quero-te mais fria de cabeça: ouves?
MARIA
(à parte)
- Fria!… quando ela estiver oca! (Alto.) Vou-me aprontar, minha mãe?
MADALENA
(sem vontade)
- Se teu pai quer…
MANUEL
- Dou licença: vai. (Maria sai a correr.)
CENA VI
MANUEL DE SOUSA, MADALENA, JORGE
MANUEL
- É preciso deixá-la espairecer, mudar de lugar, distrair-se: aquele sangue está em chama, arde sobre si e consome-se, a não o deixarem correr à vontade.