Os Lusíadas - Cap. 4: CANTO IV Pág. 218 / 559

67 - (O sonho de D. Manuel)
“O qual, como do nobre pensamento
Daquela obrigação, que lhe ficara
De seus antepassados, (cujo intento
Foi sempre acrescentar a terra cara)
Não deixasse de ser um só momento
Conquistado: no tempo que a luz clara
Foge, e as estrelas nítidas, que saem,
A repouso convidam quando caem,

 

68
“Estando já deitado no áureo leito,
Onde imaginações mais certas são?
Revolvendo contino no conceito
Seu ofício e sangue a obrigação,
Os olhos lhe ocupou o sono aceito,
Sem lhe desocupar o coração;
Porque, tanto que lasso se adormece,
Morfeu em várias formas lhe aparece.

 





Os capítulos deste livro