Os Lusíadas - Cap. 9: CANTO IX Pág. 453 / 559

41
“Ali, com mil refrescos e manjares,
Com vinhos odoríferos e rosas,
Em cristalinos paços singulares
Formosos leitos, e elas mais formosas;
Enfim, com mil deleites não vulgares,
Os esperem as Ninfas amorosas,
De amor feridas, para lhes entregarem
Quanto delas os olhos cobiçarem.

 

42
“Quero que haja no reino Neptunino,
Onde eu nasci, progénie forte e bela,
E tome exemplo o mundo vil, malino,
Que contra tua potência se rebela,
Por que entendam que muro adamantino,
Nem triste hipocrisia val contra ela:
Mal haverá na terra quem se guarde,
Se teu fogo imortal nas águas arde.”

 





Os capítulos deste livro