TELMO
(gravemente)
- Às palavras, às formais palavras daquela carta, escrita na própria madrugada do dia da batalha, e entregue a Frei Jorge, que vo-la trouxe. - «Vivo ou morto» - rezava ela - vivo ou morto… Não me esqueceu uma letra daquelas palavras; e eu sei que homem era meu amo para as escrever em vão: - «vivo ou morto, Madalena, hei-de ver-vos pelo menos ainda uma vez neste mundo». - Não era assim que dizia?
MADALENA
(aterrada)
- Era.
TELMO
- Vivo não veio… inda mal! E morto… a sua alma, a sua figura…
MADALENA
(possuída de grande terror)
- Jesus, homem!
TELMO
- Não vos apareceu de certo.