- Não tenho dúvidas - disse, na sua voz suave, cortês - de que você é a bondade em pessoa. Mas é demasiada generosidade da sua parte. Bem sei que isso seria um grande incómodo para si.
- Corta um bocado de pão, Nellie - disse Banford, algo constrangida. E acrescentou: Não é incómodo nenhum, pode ficar à vontade. É como se tivesse aqui o meu irmão a passar alguns dias. Ele é quase da sua idade.
- É demasiada bondade da sua parte repetiu o rapaz. - Terei todo o gosto em ficar se estiver certa de que não incomodo.
- Não, não incomoda nada. Digo-lhe mais: é mesmo um prazer ter aqui alguém para nos fazer companhia - respondeu a bondosa Banford.
- E quanto a Miss March? - perguntou ele com toda a suavidade, olhando para ela. - Oh, por mim não há problema, está tudo bem - respondeu March num tom vago, abstrato.
O rosto radiante, ele quase esfregou as mãos de satisfação.
- Bom - disse -, nesse caso, terei todo o gosto em ficar, isto se me permitirem que pague a minha despesa e as ajude com o meu trabalho.
- Não precisa de pagar, isto aqui não é pensão - atalhou Banford.
Passado um dia ou dois, o jovem continuava na quinta. Banford estava encantada com ele. Sempre que falava, fazia-o de uma forma suave e cortês, nunca querendo monopolizar a conversa, preferindo antes ouvir aquilo