
O Auto da Índia foi representado em 1509 perante a rainha D. Leonor, viúva de D. João II, e integra-se na problemática nacional da emigração. O tema da peça reflecte um aspecto marginal da expansão ultramarina: a sua repercussão na fidelidade conjugal - o abandono das mulheres e família que enveredavam muitas vezes por comportamentos pouco dignificantes que conduziam à desestruturação da célula familiar. A intriga do enredo desenvolve-se ao longo de vários anos, contendo abreviações de tempo que imprimem agilidade e vivacidade ao seu andamento.