Frei Luís de Sousa - Cap. 3: Acto Terceiro Pág. 113 / 122

) Senhora, como quereis que vos fale, que quereis que vos diga? Não está tudo dito entre nós?

MADALENA

- Tudo! quem sabe? Eu parece-me que não. Olha, eu sei… mas não daríamos nós, com demasiada precipitação, uma fé tão cega, uma crença tão implícita a essas misteriosas palavras de um romeiro, um vagabundo… um homem enfim que ninguém conhece? Pois dize…

TELMO

(aparte a Jorge)

- Tenho que vos dizer, ouvi. (Conversam ambos à parte.)

MANUEL

- Oh! Madalena, Madalena! não tenho mais nada que te dizer. Crê-me, que to juro na presença de Deus: a nossa união, o nosso amor é impossível.

JORGE

(continuando a conversação com Telmo, e levantando a voz com aspereza)

- É impossível, já’gora… e sempre o devia ser!

MADALENA

(virando-se para Jorge)

- Também tu, Jorge!

JORGE

(virando-se para ela)

- Eu falava com Telmo, minha irmã.





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