Frei Luís de Sousa - Cap. 1: Acto Primeiro Pág. 27 / 122

Deus!

CENA V

JORGE, MADALENA, MARIA

JORGE

- Ora seja Deus nesta casa! (Maria beija-lhe o escapulário e depois a mão; Madalena somente o escapulário)

MADALENA

- Sejais bem-vindo, meu irmão!

MARIA

- Boas tardes, tio Jorge!

JORGE

- Minha senhora mana! A bênção de Deus te cubra, filha! Também estou desassossegado como vos, mana Madalena; mas não vós aflijais, espero que não há-de ser nada. É certo que tive notícias de Lisboa…

MADALENA

(assustada)

- Pois que é, que foi?

JORGE

- Nada, não vos assusteis; mas é bom que estejais prevenida, por isso vo-lo digo. Os governadores querem sair da cidade… é um capricho verdadeiro… Depois de aturarem metidos ali dentro toda a força da peste, agora, que ela está, se pode dizer, acabada, que são raríssimos os casos, é que por força querem mudar de ares.





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