O Cortiço - Cap. 12: Capítulo 12 Pág. 146 / 239

primeira barriga.

A noiva sorria, de olhos baixas. Uma fímbria de desdém toldava-lhe a rosada candura de seus lábios. Encaminhou-se para o portão, cercada pela bênção de toda aquela gente, cujas lágrimas rebentaram afinal, feliz cada um por vê-la feliz e em caminho da posição que lhe competia na sociedade.

— Não! aquela não nascera para isto!... sentenciou o Alexandre, retorcendo o reluzente bigode. Seria lástima se a deixassem ficar aqui!

O velho Libório, cascalhando uma risada decrépita, queixou-se de que o maganão do Costa lhe passara a perna roubando-lhe a namorada.

Ingrata! Ele que estava disposto a fazer uma asneira!

Nenen deu uma corrida até à noiva, na ocasião em que esta chegava à carruagem e, estalando-lhe um beijo na boca, pediu-lhe com empenho que se não esquecesse de mandar-lhe um botão da sua grinalda de flores de laranjeira.

— Diz que é muito bom para quem deseja casar!... e eu tenho tanto medo de ficar solteira!... É todo o meu susto!





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