Mas até mesmo a seus olhos lhe custava a admitir tais intenções, até mesmo para si estas continuavam secretas, ocultas algures num qualquer surdo recesso da mente. Pois, de momento, ainda era tudo muito incerto. Teria de aguardar o desenrolar dos acontecimentos, ver qual a sua evolução. Sim, tinha de ser paciente. Se não fosse cuidadoso, arriscava-se a que ela, pura e simplesmente, escarnecesse de uma tal hipótese. Pois ele sabia, astuto e sagaz como era, que se fosse ter com ela para lhe dizer assim de chofre: «Miss March, amo-a e quero casar consigo», a resposta dela seria inevitavelmente: «Desapareça. Não quero saber dessas palermices.» Seria certamente essa a sua atitude para com os homens e as suas «palermices». Se não fosse cuidadoso, ela dominá-lo-ia. cobri-lo-ia de ridículo no seu tom selvagem, sarcástico, pô-lo-ia fora da quinta, expulsá-lo-ia para sempre do seu próprio espírito. Tinha de ir devagar, suavemente. Teria de a apanhar como quem apanha um veado ou uma galinhola quando vai à caça.