“A metafísica da arte contrapõe-se à conceção unilateral de Schopenhauer que compreende a arte partindo não do artista mas sim do preceptor: porque traz em si a libertação e redenção no gozo do irreal, contrapondo-se, assim, à verdade (experiência de um indivíduo que sofre e desespera de si e sua verdade) — Remissão na forma e sua eternidade (como Platão deve ter experimentado: apenas este experimentou também na conceção a vitória sobre sua sofredora sensibilidade por demais irritável). A isto opõe-se o segundo fato: Arte compreendida, partindo do artista, e principalmente do músico: a tortura do dever de trabalho como impulso dionisíaco.
“A arte trágica, rica em ambas as experiências, é classificada como a confraternização do Apolo e Dionísio: a este fenômeno liga-se a maior importância, por parte de Dionísio; mas este fenômeno se nega — nega-se voluntariamente. Isto significa a contraposição ao ensinamento Schopenhaueriano da resignação como conceção trágica do mundo!
“Contra a teoria de Wagner, pela qual a música seria o meio e o drama o fim.
“Desejo do mito trágico como ponto terminal, em que floresce tudo que deve desenvolver-se (“religião”, quer dizer religião pessimista).
“Desconfiança contra a ciência, apesar de ser fortemente sentido o alívio que traz consigo seu otimismo atual: “alegria” do homem teórico.