«Contenta-te, meu Telémaco - prosseguiu Ulisses - em repreendê-los brandamente. Claro que nada ouvirão!
Não importa! Mantém-te indiferente. Mas - atenção!... Assim que eu te fizer sinal, pega nas armas que estão no primeiro pavimento e transporta-as para o andar de cima. Se indagarem porque as mudas de lugar, explica-lhes que não as queres tão perto do lume da lareira, para que o fumo não continue a empanar-lhes o brilho que tinham dantes, quando Ulisses partira a combater em Tróia. E até podes acrescentar que os deuses te inspiraram esse pensamento ainda com outro fim:-com o fim de evitar que este ou aquele pretendente, desvairado por algum excesso de bebida, se sirva das armas para ferir os restantes, provocando depois represálias e motins. Deixarás cá em baixo só duas espadas, dois arcos e dois escudos: - serão para nós na ocasião propícia. E, depois, espera-me... Mas que nem sequer se pressinta que estamos na disposição de lutar, e que eu me encontro ali! E, discreto e cauto, vai observando e vigiando os nossos antigos servidores para saber até que ponto se conservam fiéis ao seu antigo rei...»
Assim o caso ficou resolvido entre os dois.
Entretanto Eumeu chegara já ao palácio - onde também chegou na mesma ocasião um dos tripulantes do navio em que viajara Telémaco e cada