Os Lusíadas - Cap. 2: CANTO II Pág. 92 / 559

75 - (Convite do Rei de Melinde, para que Desembarcassem)
O Rei, que já sabia da nobreza
Que tanto os Portugueses engrandece,
Tomarem o seu porto tanto preza,
Quanto a gente fortíssima merece:
E com verdadeiro ânimo e pureza,
Que os peitos generosos enobrece,
Lhe manda rogar muito que saíssem,
Para que de seus reinos se servissem.

 

76 - (Presentes do Rei de Melinde)
São oferecimentos verdadeiros,
E palavras sinceras, não dobradas,
As que o Rei manda aos nobres cavaleiros,
Que tanto mar e terras tem passadas.
Manda-lhe mais lanígeros carneiros,
E galinhas domésticas cevadas,
Com as frutas, que então na terra havia;
E a vontade à dádiva excedia.

 





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