“O que é verdadeiro sobre o drama e o romance não é menos verdadeiro sobre aquelas artes que chamamos decorativas. Toda a história dessas artes na Europa é o registro da luta entre Orientalismo, com sua franca rejeição da imitação, seu amor por convenção artística, sua aversão pela verdadeira representação de qualquer objeto da Natureza, e nosso espírito imitativo. Onde quer que aquele tenha sido predominante, como em Bizâncio, Sicília e Espanha, por contato, ou no resto da Europa por influência das Cruzadas, nós tivemos obras belas e imaginativas nas quais as coisas visíveis da vida são transmutadas em convenções artísticas, e as coisas que a Vida não tem são inventadas e moldadas para o prazer dela. Mas para onde quer tenhamos voltado, a Vida ou a Natureza, nossa obra tem sempre se tornado vulgar, comum e desinteressante. A tapeçaria moderna, com seus efeitos de leveza, sua perspectiva elaborada, suas amplas extensões de céu devastado, seu fiel e laborioso realismo, não tem beleza alguma.