Falar Verdade a Mentir - Cap. 1: FALAR VERDADE A MENTIR Pág. 21 / 57

BRÁS FERREIRA - Sou eu: dá cá. (abre) Ah! é para o tal pagamento. (O criado sai.) Vejamos as minhas contas: quanto tenho eu em dinheiro?... Dá-me licença, Duarte; tenho uns papéis que arranjar. Conversa com a minha filha. (Tira a sua carteira, e vai sentar-se à esquerda.)

AMÁLIA, baixo a Duarte - Não se emenda, está visto.

DUARTE - De a adorar? não decerto.

AMÁLIA - Não é disso, é do seu maldito vício que nos deita a perder: meu pai jurou que desfazia o nosso casamento se daqui até à noite o apanhasse numa mentira.

DUARTE - Oh meu Deus, o que fiz eu!

AMÁLIA - Pois que é, Duarte? Tudo quanto tem estado a dizer?...

DUARTE - É verdade no fundo; acredite: agora os detalhes... os pormenores... eu não sei como isto é... não é com má tenção... mas a maior parte das vezes, as coisas contadas tais quais como elas são.





Os capítulos deste livro