Falar Verdade a Mentir - Cap. 1: FALAR VERDADE A MENTIR Pág. 9 / 57

JOAQUINA - Com o senhor Duarte? Amália - Sim: pois com quem?

JOSÉ FÉLIX, aparte - Meu Deus! e as nossas cem moedas?

JOAQUINA - Não é possível: a mesma família, a mesma riqueza, um casamento tão igual, tão acertado... O seu pai não se há de atrever.

AMÁLIA - Nada, não! Veio a Lisboa - agora é que o eu sei bem - só para achar pretexto de o desmanchar.

JOAQUINA - Pois não o há de achar. O senhor Duarte é um rapaz como há poucos. Juízo não lhe falta: suas doidices... não é, é pancada da mocidade. Isso passa depressa. Bom coração... não o há melhor. Quer a senhora saber? O mal que ele faz é por moda... todos assim são... e o bem que ele faz, que é muito, esse, minha senhora, não é moda que pegue.

AMÁLIA - Pois sim; mas já que falamos nos seus defeitos, sempre te digo que ele que tem um, que se o meu pai o vem a descobrir.





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