Com este coro se consola o heleno profundo, o único igualmente apto para as dores mais suaves e mais cruéis, que com olhar enérgico fitou o terrível impulso de destruição do que se chama história mundial, da mesma forma como fitou a crueldade da natureza, encontrando-se em perigo de ansiar por uma negação budista da vontade. A Arte o salva, e pela Arte se lhe salva a vida.
O êxtase do estado dionisíaco, com sua destruição das barreiras e limites comuns da existência, contém em verdade, durante sua duração, um elemento letárgico, em que vem a submergir todo o experimentado, pessoalmente, em tempos idos. Assim se separa pelo abismo do passado o mundo da verdade cotidiana e da verdade dionisíaca. Logo, porém, que aquela verdade cotidiana se nos separa como tal, uma disposição ascética, negativa, da vontade é o fruto destas situações.