A Esfinge sem Segredo - Cap. 1: Capítulo 1 Pág. 10 / 12

Ocultou o rosto nas mãos e desfez-se em pranto.

«Tem de responder-me» - continuei.

Ela ergueu-se e, fitando-me o rosto, disse:

«Lorde Murchison, nada tenho a dizer-lhe».

«Foi encontrar alguém» - exclamei. - «É esse o seu mistério».

Ela ficou terrivelmente pálida e disse:

«Não fui encontrar ninguém».

«Não pode dizer a verdade?» - exclamei.

«Já a disse» - replicou ela.

Eu estava a enlouquecer, alucinado. Não sei o que disse, mas foram coisas terríveis. Por fim, saí à pressa da casa. Escreveu-me uma carta no dia seguinte. Devolvi-lhe, intacta e parti para a Noruega, em companhia de Alan Colville. Um mês depois regressei e a primeira coisa que vi no Morning Post foi a notícia da morte de Lady Alroy. Apanhara um resfriado na Ópera e morrera, dentro de cinco dias, de congestão pulmonar. Fechei-me em casa e não quis ver ninguém. Tinha-a amado tanto, tinha-a amado tão loucamente! Meu Deus! Quanto amara eu aquela mulher!





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